terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Câncer


“ O menino brincava feliz
Corria,
Pulava,
Não tinha calma

Escrevia seu nome
Com letrinhas miúdas
Sujando as paredes de giz
Não precisava de mais nada,
Simples para ele, era ser feliz

Ficou ofegante
A alegria passou,
Mas as dores voltaram
Não podia nem se quer brincar
Uma gota no chão...
...Era ele a chorar

Seu corpinho sofria
A sala do hospital
Lhe trazia medo
Era fria, escura e vazia

Seu nome rabiscado com giz
Na parede, desbotava
Com a chuva
E com suas lagrimas

E entre picadas de agulha
E gotas de sangue
Se ajoelhava no cantinho da cama
E pedia olhando para o céu,
Com toda força que lhe restava
Que papai do céu o levasse embora

Naquela noite dormiu ali,
Rezando
Acordou e tudo estava bem
Estava corado, forte
Estava curado!

Não entendia tudo aquilo
Estava em um lugar bonito
Com cheiro de flores
Sem medo, sem dores

O menino sentiu uma brisa
Uma brisa leve, em seu rosto
Então percebeu,
Que seu pedido se realizou
Papai do céu lhe buscou

Naquele dia seus pais foram lhe ver
Não sabiam eles o que aconteceu
E a enfermeira dizia
Da maneira mais fria:
O menininho morreu!”

Juliana Galante

2 comentários:

Fernanda Spinosa disse...

graças a Deus hoje está tudo bem né ju!!! :DDDD é, a gente tem q ter fé sempre.


amo vc.

Nícholas Mendes disse...

pensei que já tinha comentado nesse poema,
enfim...a vida é dadva de todos, porem o fim pode ser a desgraça...
triste isso neh?!
ainda bem que tah tudo bem!^^