quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Complemento




‘Me completa como um texto sem pontos
Acolhe meu medo em teus braços
Me de um abraço?
Adubo pra flôr
Florescer com amor

Reconstrói o meu quebra-cabeça
Me abraça outra vez?
E não deixa esse abraço quebrar
É esse o elo de amor
Que me deixa em paz

Acenda a lâmpada a lamparina
Abra a porta, deixa o vento entrar
Me abra de novo?
Em meu sonho serei a bailarina
E você?
Minha canção de ninar”




Juliana Galante

(Não) Faça silêncio



“.... .... ... .......
. ... .... .. ....
.... .... ... ... .....
..... ..... ........ .. ......
....., .. .....
......... . ......
. . ..... ..... .... ....... .....

Todo esse teu silencio
(o que quer de mim?)
Seus sons sem tom algum
Fazem minha caixinha de musica
Tocar, me calar
Bailarina a dançar
E o vento sopra meus cabelos feios

.... .... ... .......
. ... .... .. ....
.... .... ... ... .....
..... ..... ........ .. ......
....., .. .....
......... . ......
. . ..... ..... .... ....... .....

E Todo esse teu sorriso
(O que quer de mim?)
Mudo, lento
Muda o vento
O lado da fita, do laço
Dos meus cabelos feios

.... .... ... .......
. ... .... .. ....
.... .... ... ... .....
..... ..... ........ .. ......
....., .. .....
......... . ......
. . ..... ..... .... ....... .....

E todo esse teu silencio
(Me afasta do teu sim)
Me faz gritar mais alto
Implorar o som que sai
Do sopro do silencio
Do silencio oco
O oco do teu sopro,
Faz silencio em mim. ”


Juliana Galante

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Tuas tintas



‘Deixe-me perder o branco nas tuas tintas
Deixe-me só, mas um só colorido
Não me deixe
Vem pra cá

Pinta o 7 em meus lábios
Pinta em meus olhos o 8 e o 9
Pinta o gosto do meu desgosto
Deixe-me branca só um segundo

Respire e pinte em mim
De novo, a cor do meu caro amor
Do meu raro amor, aquela cor
Que só você sabe o tom

Me esquenta em teus vermelhos
Me coloque em teu espelho
Sua tela branca quer se colorir
O branco dos dentes quer rir
Ao se ver verde rubi

Mistura a cor
Pinta em mim amor
O amor da cor de flor
De margarida branca, rosa azul
Azul celeste
Me pinta sem teste

Cria cor
Pra tela aguada
A tela, que na janela
Se mistura
Como flor de primavera

Puxe-me e joga em mim
Tuas tintas
Tuas tantas tintas, que juntas
São só uma tinta
A tinta branca, da tela tonta
Que em tuas mãos de pintor
Já se fez pronta’

Juliana Galante


terça-feira, 20 de outubro de 2009

Maça do amor



‘Esperar,esperar e esperar
Cansar de esperar
Correr, correr mais e correr demais
Pedra.
Tropeçar, cair,ferir

Dói, mais é suportável
Quando o percurso é reto, que graça tem?
Sem as pedras, sem o corte
Que cor seria o sangue?

O sangue, vem de amor
Quando crescer
Quero vender maça do amor!

Curar, seguir
Perseguir o vermelho,
O sangue é vermelho!
Meus lábios são vermelhos, mas são de amor
Maça de amor é vermelha
Qual o valor?

Maça do amor vale dois trocados
Mas não tem valor
Ver meus lábios melados
Melados, vermelhos
O sangue é vermelho!

O meu sangue é doce
Porque vendo maça de amor
A maça de amor que vendo é doce
Doce e melada
Vermelha como meus lábios
Melados de amor
De maça de amor ’


Juliana Galante