segunda-feira, 27 de julho de 2009

Distância



“Me sinto tão só!
Eu penso em como será minha vida amanha,
Mais um dia vazio, mais uma multidão de pessoas, e eu... só.
Eu preciso tanto de você.
Preciso saber que você vai me abraçar, todos os dias que eu precisar.
Preciso acreditar nisso para quem sabe sorrir amanha.
Preciso parar de te enxergar na lua, ou em um simples pedaço de papel.
Mas principalmente, preciso parar de te ver no meu espelho, dentro dos meus olhos cansados e desesperados.
Os amigos já não me suprem mais, eles preferem procurar algo de errado uns nos outros,
Ao invés de resolver o que realmente está errado!
E isso me incomoda, me machuca, me faz ser cada dia mais só, mais distante.

Nunca pude ter o que me faz bem.
Na verdade sempre tinha, porém deixava para trás,
Para chegar o mais perto possível de ter o que parece me fazer feliz.
E nessa de ir deixando as coisas boas, vim seguindo o meu caminho, deixando mil pessoas para me aproximar de ti.
Só quero estar contigo, não quero e nunca quis um milhão de pessoas,
Pois quero um milhão de pessoas dentro de apenas uma!
Eu te amo com tudo o que você é, e com tudo o que eu sou quanto estou com você...
Afinal, quando não estou sou só um ser só, vazio.”

Juliana Galante

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Síntese de um desabafo



“Porque fazer o que é certo, gera tantos transtornos?
Porque meu Deus, por que...
Lutar pelo bem de todos, só machuca a mim mesma?
Porque meu Deus, por que...
As pessoas dessa Terra são horrendas, nojentas, sanguinárias para mim,
E para os outros são “humanos”?

Isso não está certo!Eu e você, meu Deus, sabemos que não está certo!
Porque a consciência desses seres não é como a minha?
Como podem ser tão insensíveis?
Como podem, se divertirem com o sofrimento, se alimentarem desse sofrimento, e ainda lavarem as mãos, e dormirem tranqüilos com tudo isso que fizeram?

Todos os dias, todas as manhas, todas as tardes e noites, almoços, jantares, em casa, na rua, com os amigos, ou a sós!
Sempre a mesma insensibilidade, sempre a mesma inconsciência.

Porque ser tão ignorante se tratando de outras raças, outras espécies?
Como podem ser tão ruins?Tão falsos, incoerentes!
Porque essa ganância toda?Onde isso vai parar?
O que eles querem afinal?TUDO!
EGOISMO, PURO EGOISMO!

EI!ACORDA!O mundo não é só seu!
Existem outros seres aqui, bem em baixo do seu umbiguinho de ouro!
Bem em baixo dessa sua Pansa gorda, existem seres, e não produtos!
ANIMAIS NÃO SÃO PRODUTOS!
Eles não são maquinas, não são, e jamais foram feitos para você!

Vocês, seres abomináveis, onde a alma é repleta de gula, onde o cérebro já esta coberto de gordura...
Façam um “regime” na alma, e tentem recuperar a razão, que deveriam ter quando nasceram!
O respeito e sua solidariedade, junto da emoção, e sensibilidade perdida...
...e roubada por uma “cultura” de merda!”

Juliana Galante


PS: SOU VEGANA, COM TODO O ORGULHO DO MUNDO!

Podem me questionar, seres insensiveis!

Enquanto voces vivem de gula, eu vivo de amor e respeito!

Enquanto voces se alimentam de sofrimento, com suas almas podres...

...Eu me alimento de vida e tenho a alma pura!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Minha juventude envelhecida


“Estou com medo da velhice.
Não da velhice em si, mas de envelhecer
Não exatamente o ato de envelhecer,
Mas de no futuro, lembrar desses dias atuais, e ainda ter vontades escondidas.

Lembrar de não ter feito o que quis fazer nesse tempo juvenil
Não ter amado quem eu realmente amo,
Não ter lutado pelos meus ideais
Ter perdido a chance de dizer algo, algum momento especial, perdido um abraço do ser amado

Ou, pior ainda, trocado o ser especial por um, dois, três... Quinze meninos belos!
Meninos de quem eu gostei, com certeza, porém não mais do que gostei apenas
Amor, amor mesmo, só um.

Um amor, não amado... Não retribuído, escondido, machucado
Porém, o que me conforta, e o que me dói
É saber que me amaram um, dois, três... Quinze meninos bonitos, que eu provavelmente desprezei...
Saber que depois de um, dois, três meses no máximo, inventei qualquer desculpa e os deixei só
E o que vai me doer mais, é saber que além de tudo isso, generosa, e caridosa que sou
Penteando meus cabelos grisalhos, a contar minhas rugas nos espelhos, com a memória já desfavorecida me lembrarei desses quinze belos rapazes, e do amor que os neguei, só para partir (para sempre) carregando a certeza de que fui fiel ao meu amor, única e exclusivamente,
Porém não pude amá-lo.

A velhice me incomoda,
Incomoda-me saber que meu rosto não será belo para sempre
Incomoda-me saber, que o tempo afasta as pessoas.
Sim, sei que é inevitável
Mas sei também, que é inaceitável poder ter quem se ama por apenas algumas semanas
Assim, foi comigo

Sinto-me jovem fisicamente, e os meus rapazes concordam, porém me sinto velha por dentro
O que é inadmissível, porém é real! ”

Juliana Galante

domingo, 5 de julho de 2009

Minha folha está em branco



“Minha folha esta em branco
A tela está vazia
Não me visitam mais
Nem ao menos,
Lêem minhas longas poesias

Perdi a vontade,
O ânimo e a inspiração
De compor poemas de amor
De saudade
De qualquer sentimento que for

Olhei pela porta nova
Vi um jardim florescer
Então aqui, dentro de casa
Vi a tela, luz branca, letras confusas
Olhei para dentro, de mim
E vi...
Que não via mais flores!

Eu resolvi desligar os telefones,
As televisões, os dvd's...
Ah, os computadores ainda estão ligados!
Mas apenas para minhas poesias
Só para as poesias!

Esse emaranhado de eletroeletrônicos
Essa confusão de fios elétricos
Essa energia negativa
Só serve, para atrasar minha vida
E apressar minha ida!

Minha folha esta em branco
E tenho a oportunidade
De pintá-la multicor!

Meu jardim está crescendo,
Se expandindo
E eu com ele, estou indo
Junto as flores,
agora e para todo o sempre
Amém?! ”


Juliana Galante