terça-feira, 26 de agosto de 2008

Veneno Neutro



“Trancada!
Entre paredes frias
Eu reflito
Em tudo o que é real e abstrato
E faço um trato
Comigo mesma
É fato!
O oco que hoje habita em mim
É tão profundo e vazio
Que nem posso
Sentir nada
Não sinto dor
Não sinto amor
Está tudo neutro


E de repente
Tudo que tinha cor
Fica transparente!
Me sinto invisível perto de ti
Estou em sua frente
Jogada aos seus pés
Você não vê?


Estou anestesiada
Tomei sem querer
Um veneno fatal
Que me coroe por dentro
Não posso mais chorar
Nem sorrir..

Esta tudo neutro!”


Juliana Galante

Nenhum comentário: