segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

SURPRESA!


‘Hoje, eu tô buscando forças pra conseguir acordar amanha.

È tudo tão recente, tão sensível.

A pele rasgando como tecido velho, o coração parece uma laranja murchando, cada bater é mais lento. E não sinto dor, o que não é bom!

Não sinto nada.

Não vejo, não ouço, não sinto nada.

É como se eu acabasse de ganhar um presente, e abrisse com voracidade, e lá dentro do pacote tivesse a surpresa mais marcante da minha vida, aquela que jamais esperei. Mas não era um presente, e a surpresa foi a pior possível.

Estou fraca, estou sem rumo, sem chão.

Não sei que dia é hoje, nem amanha..e nem quero saber.

Não sei o que fiz, o que vou fazer.

Acabou as forças, as palavras.

Então paro por aqui.’