sábado, 15 de junho de 2013

Espinhos



"Quando criança, sonhava em ser flor. A vida furou-a com espinhos. Desistiu, então.
...
Desistiu das flores, das cores, dos risos e afins.
Plantou flor, colheu marfim.
Chorou dor, choveu forte em seu jardim.
Choveu pedra.
Como aquilo que hoje já não bate nem faz sangue em seu corpo.
A flor virou oco.

Não sorri, 
Mas para quê mostrar os dentes?
Lembrava quando era criança, sempre florida
Cresceu, e logo a vida lhe podou.
É espinho, dói. 

Doeu, agora congelou no tempo.
Desistiu até da dor."



Nenhum comentário: