segunda-feira, 1 de junho de 2009

Seu lugar



“A chuva, gota a gota
Gera o mesmo som de sempre
É sempre o mesmo som
De silêncio e escuridão

O som quieto é como o som
Do grito nunca dito
Grito de liberdade
Preso entre as cordas vocais

Vogais não vieram me alertar
Que o passado
Nunca ficou para trás
Que a saudade
Existe e é concreta

Que ainda ha vazio
Em seu lugar
E o que vejo todo o dia
É meu peito aflito
Que espera ansioso você voltar

Meu bom rapaz!
Bom, e esquecido rapaz
Você sumiu outra vez mais
E desta vez
Deixou mais vazio o seu lugar

Ser só
As vezes me incomoda
Minha alma
Tem espaço de sobra
Mas que falta imensa
Me faz a sua sobra

As gotas de água fria
Caindo em meu peito aflito
O esquentam, o congelam

Mas o choque que preciso para acordar
(Seu olhar)
Nunca vem com a neblina
Nem ao menos com o luar...”

Juliana Galante

2 comentários:

Gabriel Afonso disse...

bonito

Nícholas Mendes disse...

minha grande poeta, que saudade dos teus versos tão bonitos.
Façamos um trato?
Eu não te deixo e tu não me deixas também.
apenas isso. Pois a saudade corrói-me o coração há semanas.