terça-feira, 18 de outubro de 2011
Sem mais delongas, deixa eu te acender,
Abro a porta e você chega sem bater, sem falar...
...dez minutos de silêncio.
E depois, um singelo 'oi' , que pra quem via mais parecia mudo.
Saiu entalado, raspando os canos do estômago. A garganta seca queria dizer mais, mas o coração mole, já sem forças e também cheio de confusas palavras, recitava em silêncio todo seu poema.
Em um estado de ... como é mesmo que se diz?... Sim, claro, estado de loucura insana eu quis voar em seu corpo, sugar todo seu perfume.
E esses olhos teus, pequenos, profundos e enigmaticos. Luz profunda que provoca meu instinto.
Meus cinco sentidos voltados só para você. E um sexto, cheio de flores que me deixou fixada no solo por uma eternidade de segundos e sem mais delongas, um ultimo beijo na chuva.
Coisa de cinema?
Coisa de nós dois!
Não é química, nem física. É poesia!
Seus braços como um íman vinham trémulos ao meu encontro e os meus, pobrezinhos, cheios de esperança grudavam nos teus como goma de mascar. Senti que não podia mais desgrudar, sinto muito princípe de luz.
Príncipe de fogo, és apenas um bobo e lindo, lindo!
Lindo raio da manhã que insiste em queimar meus lábios. E eu tola, toda tonta, me descabelava com seu amor.
Amor, amor, amor, amor... raio da manhã, sonho em fim de tarde, desespero e pavor.
Volta como furacão, mas você insiste em resistir, foge, se esconde e queima.
Princípe de brasa, deixa eu te acender!
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Sonho de sabão
'Eu quero um sonho maior que o mundo,
que não caiba na minha mão.
Que seja simples, eterno
E se aconchegue em meu coração.
... Eu quero um sonho de criança,
inocente, verdadeiro
Vou brincando de viver
e transformo o mundo inteiro.
Não faço planos
não pinto moldura
desenho, rabisco
em caderno de brochura
Vou vivendo assim
sonhando em bola de sabão
correndo, caindo
sem ter os pés no chão.'
Juliana Galante
que não caiba na minha mão.
Que seja simples, eterno
E se aconchegue em meu coração.
... Eu quero um sonho de criança,
inocente, verdadeiro
Vou brincando de viver
e transformo o mundo inteiro.
Não faço planos
não pinto moldura
desenho, rabisco
em caderno de brochura
Vou vivendo assim
sonhando em bola de sabão
correndo, caindo
sem ter os pés no chão.'
Juliana Galante
sábado, 15 de outubro de 2011
Memórias de um canteiro
'Largue meu colo,
desenrole dos meus cabelos
cisco dos meus olhos
salte dos meus seios
razão de minhas memorias
limpe estes seus lábios
me conte outras histórias
a sós, longe dos sábios
a sós nós dois ficamos
e tão logo o terceiro
devolva estes meus ramos
que roubei do teu canteiro
Eu colo nos teus lábios
sob olhos de um terceiro
E choram meus sábios seios
entre os ramos dos teus cabelos
Ficamos sem as histórias
das memórias de um canteiro.'
desenrole dos meus cabelos
cisco dos meus olhos
salte dos meus seios
razão de minhas memorias
limpe estes seus lábios
me conte outras histórias
a sós, longe dos sábios
a sós nós dois ficamos
e tão logo o terceiro
devolva estes meus ramos
que roubei do teu canteiro
Eu colo nos teus lábios
sob olhos de um terceiro
E choram meus sábios seios
entre os ramos dos teus cabelos
Ficamos sem as histórias
das memórias de um canteiro.'
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Olhos de ressaca
'Estes olhos de ressaca.
te engolem
te devoram
e regurgitam em prazer.
E o que se pode fazer?
Ah, minha bela donzela amarga
minha cachaça,
minha menina,
minha malvada!
Pulo da sacada?
Experimenta o veneno destes olhos
profundo e infame.
Enfatizando o perfume doce
dos cabelos negros, mil laços
Me jogo nos teus braços?
Malditos olhos de ressaca!
ruminando lágrimas no lençol
do mar vermelho.
No vermelho desta cama.
Me ama?
Soa inconstante, não soa?
Olhe estes dois túneis negros.
Tens medo?
Não!
Mergulho então?
Afunde.
Mas volte pra superfície
Oh, divina lágrima,
profunda fumaça
Olhos de ressaca...
deixe-o descansar
no mar. '
Juliana Galante
te engolem
te devoram
e regurgitam em prazer.
E o que se pode fazer?
Ah, minha bela donzela amarga
minha cachaça,
minha menina,
minha malvada!
Pulo da sacada?
Experimenta o veneno destes olhos
profundo e infame.
Enfatizando o perfume doce
dos cabelos negros, mil laços
Me jogo nos teus braços?
Malditos olhos de ressaca!
ruminando lágrimas no lençol
do mar vermelho.
No vermelho desta cama.
Me ama?
Soa inconstante, não soa?
Olhe estes dois túneis negros.
Tens medo?
Não!
Mergulho então?
Afunde.
Mas volte pra superfície
Oh, divina lágrima,
profunda fumaça
Olhos de ressaca...
deixe-o descansar
no mar. '
Juliana Galante
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