terça-feira, 31 de agosto de 2010

As amoras



'As amoras.
Os ‘amores’ que eu colho todos os dias
Os meus dias são quietos
Sou gritante, ser maior que um elefante

É o limite
Não ter limite, eu sou o limite
Sou o limite do que quero ser
Do que sou

Sou amora, prazer.
(amora, com letra minúscula)
É, porque não sou tão grande assim
Sou apenas, amora.
Amora dos ‘amores’ maiores

Meu pé ta carregado, ta cheio, ta lotado
Não é tão azedo, é novo, não amarra a boca
Não sou tão louca
Sou apenas.

Sou apenas, a amora não madura, mas docinha
Contradigo.
É contradizendo que eu digo o que penso
Penso, não sou.

Só penso,
Penso nas amoras, penso nos ‘amores’
Eu amo muito, amo
Por isso meu pé ta em pé

Por isso, se pendure aqui
É de galho em galho que te crio
Tô torcendo, o pé
O galho curva, lá pro chão
Tenha medo não.

Amoras são 'amores'
E amores são só pra ti
São só um
E quantos o dia clarear
E quanto o pé de amora agüentar.’



Juliana Galante

Um comentário:

Raquel Brassal disse...

meu, você tem um dom! e eu gosto muito dele, parabéns :D