sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Melodia, dia a mais


'Agora a canção voltou a tocar
Não é só mais um olhar perdido
Não sou só um pedido aflito
A canção invadiu meu lar
meu corpo,
e tudo que vive em mim

Voltei a sorrir, enfim

E o meu sorriso quer pular de mim
Meus olhos que brilham
Mais que a luz daqui
Mais que os olhos da multidão
Flores e cores,
E frio no verão

Melodia, dia a mais
O tempo enfim voltou a parar
A eternidade vem nos acolher
Pra eu voar com você
Para o mais belo amanhecer
Até o fim do mundo voltar

Os braços que envolvem
Amado aconchego
Não há fim nesse apego
Não há medo que abale
O amor de nós
Não cale tua voz!

Me ame,
Me inflame
Estou pronta e eterna
Sempre, sempre
A te fitar.'



terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Janela


Senti pingar uma gota, uma única gota no chão, que logo se desfez em fumaça.
Tudo que é fumaça e some aos olhos, volta cinzento ao amanhecer.
Os olhos me cercam, me fecham e massacram.
E esses são anjos caídos que Deus não quis guardar.
Tudo que pulsa, vai voltar.
Tudo que escorre, como os olhos.
Os olhos secam.
Os olhos dos outros me secam.
Estão todos me olhando, o que há?
Feche a janela!
Feche a janela!
Feche os olhos!

Pinga suave e maciço, rios e mares e areia sob os pés.
Eu sou areia.
Sou mar preso em copinho de papel.
Olhos que pulsam, dilacerando grades.
Estão todos me olhando, o que há?
Abra a janela!
Abra a janela!
Abra os olhos!

domingo, 4 de dezembro de 2011

entre,


De que adianta fingir, com sorrisos e gracinhas?
Se de manhã ainda quero fugir.
De que adianta, a mim, não pensar como é, como será?
Se já vivi, com você, e descobri o amor.
De que adianta fugir, de mim, ou de ti?
Dá na mesma, é tudo igual.
Então estou encurralada, e preciso escolher?
Deus isso é injusto, minha vida é a dois.
'Gastei toda minha sorte quando te encontrei.'

Vivo entre virgulas, assim, sonhando conciliar o amor e o sonhar.