domingo, 30 de novembro de 2008

Solidão



“Hoje posso sentir
Aquela mesma sensação
De não estar sentindo nada
É a solidão que se tornou
Mais uma vez
Intima minha

Mas se perguntarem
Se me sinto só, direi que não
Estou junto de minha
Amiga intima,
A Solidão.

Esta intimidade
Está tornando
Minha vida mais vazia
E o que aproveito dela
È apenas poesia

Solidão!
Para qualquer pessoa
Se torna emoção,
Para um poeta
Pode até virar canção
Para quem ama,
Aperta o coração

Mas para mim...
...Ela é simples assim:
Me acorda na madrugada
Vem vigiar meu sono
E no meio da multidão
Vem trazer-me o abandono

Ah, solidão
Só te peço que não me traga
Lembranças brancas,
Apagadas
Pois quero viver das cores
Que encontrei pelas estradas.”

Juliana Galante

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Invisível



“O que é externo não comove
Estou certa que é assim
Até que alguém me prove

Que não!

Que as flores não nascem no verão!
Que ninguém ama de novo
Quando fere o coração!
Que quem peca por amor
Não merece seu perdão!

Nem tudo o que é belo
Tem seu sabor
A alma sim é saborosa
Quando semeado o amor

Ah, é tão raro enxergar!
Dom divino é poder ver
Além dos olhos,
E saber
Que o que é bom é invisível

O amor é invisível
O frio, o calor
O perfume de uma flor

A vida, o ar
O nosso respirar
O desejo de voar

Deus é invisível
A fé, a força
A esperança
A alegria da criança

Tudo é invisível
Aos alhos da alma!

Cego é aquele
Que não quer enxergar
Pois tudo que é bom
É invisível
Pra quem sabe sonhar. “

Juliana Galante

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Arma de amar



“O amor para mim nunca foi
Uma coisa doce
Que quanto maior
Mais gostoso é

No amor eu já não tenho fé!

O amor para mim
É uma lenda antiga
Que se foi com o tempo
E com o desenvolvimento humano

Mas eu ainda me engano!

Eu fico imaginando
Como seria o amor
Que sonhei pra mim e
Meu amor seria assim:

Um frio inverno com
Mil abraços para esquentar;
Um alguém para comigo sonhar;
Um sorriso sincero
Para me alegrar;
Uma vida inteira
Para poder compartilhar!

Amar é uma arma e
Quanto mais tiros eu disparo
Mais vazio fica
Minha arma de amar
Minha arma de matar
Meu próprio coração. ”

Juliana Galante

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Só mais um obstáculo


“ Porque te matas
E matas a mim?
Sem motivos concretos,
Sem razoes pra questionar...
Para onde você for
Mesmo sem querer me levará!

Se importas comigo?
Então não me deixe
Simplesmente
Não me abandone
Sozinha aqui
Á chorar, e chorar
E chorar...

Não é para ser assim!
Não pense que a vida
È melhor para mim
Não!Está sendo pior,
E pode piorar se você
Me abandonar

Mas eu nunca irei te deixar!
Esse é só mais um
Dos vários obstáculos
Que a vida nos dará
Eu digo “nós”
Pois estarei sempre contigo
Não vou te deixar

Vou buscar a Fé perdida
E vou te entregar
Nem que eu tenha que roubá-la
De dentro das igrejas,
Em cima do altar,
De qualquer pessoa humilde
Em sua sala de estar

Se for preciso
Eu posso implorar!
Me ajoelho a qualquer um
Que possa ajudar
Não vou, nunca vou
Desistir
Nunca te abandonar!
A vida é bem mais intensa
Muito mais bela
Do que possa imaginar!
É só ter Fé
E tudo vai melhorar
Toda essa dor vai passar

Onde você estiver
Eu vou estar
Longe ou perto
Estarei ajoelhada
A pedir, a rezar
A te amar!”

Juliana Galante

sábado, 1 de novembro de 2008

Marionetes




“Tem sempre um alguém
Mandando em você
Tem um tal de um certo alguém
Controlando sua vida
Medindo seus passos
Desconstruindo seus laços

Esse mesmo alguém
Quer tirar sua razão
Vai esfriar seu sangue
Pra não deixar esquentar
Seu coração

Marionetes!
É isso que nos tornamos
Marionetes!
Estão controlando nossos planos

Somos controlados
Por uma força ilegal
Mantidos presos em nossas
Casas enjauladas
Perdendo aos poucos
O tal do nosso ideal

Manda-nos ficar
Manda-nos fugir
Nesse ponto de mudança
Perdi o rumo pra seguir ”

Juliana Galante